O Benfica arrancou a época com uma vitória na Supertaça, sobre o FC Porto, e, no campeonato, soma sete vitórias em oito jogos, estando a apenas um ponto do líder Sporting.
O problema chega mesmo na Champions, com três derrotas em três jogos, sem pontos, nem sequer golos marcados. Ao final da primeira volta, os encarnados estão no último lugar e com as contas muito difíceis para seguirem nas competições europeias, o que deixa Roger Schmidt sob contestação.
Em declarações à Antena 1, Rui Mota, que trabalhou com Roger Schmidt na China, partilhou vários pontos de vista, sobre o momento do Benfica e do treinador alemão.
“Penso que Roger Schmidt neste momento poderia não ter um tão futebol atrativo, tão ofensivo, jogar um bocadinho mais tático, na solidez do seu bloco e tentar acima de tudo ser um bocadinho mais resultadista, até conseguir garantir que a equipa volte a estar fluída e aí poderá apostar novamente num futebol mais ofensivo, mais atrativo que todos os adeptos gostam de ver. Mas isto só é válido quando as equipas ganham. Quando não se ganha, tudo isto é posto em causa”, argumentou Rui Mota, que aponta ainda para algumas mudanças no plantel.
“Acho que o Benfica tem duas, três posições que ainda não conseguiu solucionar. A saída de Grimaldo na lateral esquerda e de Gonçalo Ramos na posição 9. Na posição 9 têm jogado vários jogadores, enquanto na época transata Gonçalo Ramos era o titular indiscutível. Com Grimaldo passava-se exatamente o mesmo. O Benfica esta época na esquerda já teve três, quatro jogadores que vai utilizando. Era expectável que neste momento o Benfica já tivesse um onze base indiscutível, com posições todas elas preenchidas, mas até ao momento ainda não se tem verificado essa situação. Parece que ainda está em pré-época. Parece-me que quanto mais rápido essas posições forem preenchidas com jogadores indiscutíveis, essa confiança desse jogador nessa posição e dos próprios colegas irá aumentar e com certeza que o Benfica terá todas as condições para voltar aos níveis que nos habituou na época passada.
O futebol funciona com a motivação e os bons arranques geralmente são fundamentais para o desenrolar das competições em que se está inserido. O Benfica não começou muito bem e pode ter mexido com o estado anímico dos jogadores. Temos visto uma equipa que tem sido capaz de fazer o bom e o menos bom em determinados jogos”, concluiu o antigo adjunto de Roger Schmidt.