Tony Carreira deixou o Tribunal de Santarém, revoltado, no final da manhã desta quarta-feira, 25 de outubro. Ao segundo dia de julgamento no caso da morte da filha, o cantor lamentou que os arguidos no processo continuem sem demonstrar o “mínimo de humanidade” nos seus testemunhos.
Tony Carreira está a assistir ao julgamento, à procura de fechar este ciclo e ter a paz que a família procura. Mas, lamenta que os arguidos não admitam os seus “erros”, com os quais terão provocado esta sua dor, pela morte da filha Sara, que perdeu a vida, nesse trágico acidente de viação, a 5 de dezembro de 2020.
“De uma forma global, optaram pela tática dos advogados, que é a amnésia”, disse Tony Carreira, a lembrar que os arguidos tenham falado em muita chuva e nevoeiro, no momento do acidente, enquanto que GNR desmente essas versões.
Tony também lamenta que o teste a Paulo Neves, o condutor que seguia alcoolizado, com uma taxa de alcoolemia de 1,18 g/l, e a 30 km/h, abaixo dos limites permitidos na autoestrada, não tenha sido logo testado. “Por que é que o teste de álcool foi feito cinco [quatro] horas depois do acidente?”, quis saber o cantor, mas ficou sem resposta.
Apesar de tudo, Tony revela, novamente, que não está neste julgamento, com sede de vingança. “Nada vai mudar as saudades que eu tenho da minha filha, nada vai mudar a tragédia”, informou Tony Carreira. “O que espero é que, no fim disto tudo, cada um siga a sua vida e tenha uma vida normal”, declarou Tony Carreira, à saída do Tribunal de Santarém.