José Manuel Anes falou publicamente pela primeira vez, após ter sido vítima de um ataque brutal, ao que tudo indica, perpetrado pela própria filha, Ana Anes, na passada segunda-feira, 20 de outubro.
José Manuel Anes, de 81 anos, é professor universitário, antigo presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT) e um dos mais respeitados criminalistas portugueses, também reconhecido pelos seus estudos sobre esoterismo e maçonaria.
O homem foi esfaqueado várias vezes no abdómen, mãos e pernas em casa, na zona de Arroios. No Facebook, a filha relatou o ataque. “Eu acho que deixei o meu pai sem olhos, mas devem ouvir dizer que morreu pacificamente.” e “Coitado, a dentadura voou, um olho voou. Isto de se mandar os filhos servirem cafés é uma maçada”. Mensagens escritas, ao que tudo indica, após o crime e quando já se encontrava em fuga.
Entretanto, Ana Anes, antiga colunista do Correio da Manhã e autora do livro “Sete Anos de Mau Sexo”, está detida. Enquanto o pai continua a recuperação no hospital, de onde deixou uma mensagem nas redes sociais.
“Muito obrigado pelas vossas mensagens amigas. Ainda no hospital, mas a recuperar. Um grande abraço a todos”, escreveu José Manuel Anes, nestas que são as suas primeiras palavras públicas, após o ataque brutal de que foi alvo.
A motivação para esta agressão pode estar relacionada com questões de herança, com a suposta agressora a sentir-se excluída das intenções do pai e a cometer o ato de vingança. À entrada da cadeia de Tires, a mulher terá chorado e apresentado sinais de arrependimento.