O Benfica vive uma fase de maior contestação. Apesar de ser o concorrente mais direto do Sporting, na luta pelo título, e de estar ainda em prova na Taça de Portugal e na Liga Europa, a equipa de Roger Schmidt tem sido mais criticada.
Em causa, poderá estar ainda a boa primeira temporada do treinador alemão, em contraste com este segundo ano, em que a equipa poderá estar aquém, principalmente em termos exibicionais.
Quem também apontou essa diferença entre primeiro e segundo ano, assim como a justificou, foi Augusto Inácio.
“Não é por ser sportinguista que eu não reflito sobre o Benfica. Se calhar Roger Schmidt não vai gostar daquilo que vou dizer, mas a fartura faz mal a alguns treinadores. Schmidt tem um onze e se está a ganhar não mexe em nada. Se perde, começa a mexer e não é capaz de estabilizar, nem a equipa, nem o sistema. E depois há o caso da saída do Grimaldo. O dinheirão que o Benfica já gastou em defesas esquerdos, e nenhum pega. Nem Jurasek, nem Bernat, agora vem o Carreras, que é mais extremo do que defesa, e acaba por jogar o Morato, que é o que defende melhor, mas é central. Ou seja, o lado esquerdo está coxo, e se depois Kokçu é colocado à frente do Morato, aquela ala não fica coxa, fica sem pernas! E temos os desequilíbrios táticos. O Benfica era pressionante e não deixava o adversário respirar. Agora com o Di María, um extraordinário jogador com a bola no pé, isso é impossível. Quanto ao Kokçu, ainda não apareceu”, revelou o antigo treinador do Sporting, em declarações no programa Conselho de Estádio.
Sobre a eliminatória com o Rangers, que está empatada a dois golos, e terá agora a decisão esta quinta-feira, em Glasgow (17h45), Inácio vê o Benfica em dificuldades.
“O Benfica tem melhores jogadores que o Rangers. Mas o Rangers tem melhor equipa. O que é que vai acontecer em Glasgow? Eu já lá joguei e o ambiente, para quem joga fora de casa, pode ser aterrorizador. Sei que os jogadores do Benfica estão habituados a estes palcos, mas vai ser tudo muito intenso”, admitiu.