O Benfica acalentou a esperança dos adeptos, no jogo desta quarta-feira, 29 de novembro, contra o Inter de Milão. No entanto, a partida terminou em nova desilusão.
Ao intervalo, o Benfica vencia por 3-0 com esse hat-trick histórico de João Mário e muitos adeptos já acreditavam até numa goleada, sobre o líder da Liga italiana.
No entanto, na segunda parte, foi mais um pesadelo europeu, e o Inter chegou mesmo ao empate (3-3). Um resultado que deixa o Benfica em dificuldades para se apurar para a Liga Europa. E o treinador Roger Schmidt foi novamente contestado.
“Estou muito desiludido, porque depois de estar a ganhar por 3-0, e acabar por empatar num jogo tão importante para nós é realmente é preocupante. Independentemente de termos ganho ao Sporting e ao Famalicão, a equipa em si, a produção de jogo, não dá confiança aos adeptos.
Depois de estar a ganhar por 3-0 no fim da primeira parte, não estruturou a equipa no sentido de ela poder defender melhor. Se calhar, queria ganhar cinco ou seis a zero. E teve o desplante de a 30 segundos do fim, fazer duas substituições. Como é que é possível um treinador do Benfica ter esta mentalidade? Estou muito preocupado com aquilo que está a acontecer”, disse Gaspar Ramos, antigo dirigente do Benfica, em declarações à Rádio Renascença.
Gaspar Ramos a criticar o facto de Schmidt ter lançado Chiquinho e Tiago Gouveia aos 90’+9, quando a equipa precisava de procurar os 3 pontos.
“O contrato [de Schmidt] foi prorrogado, do meu ponto de vista, mal. Porque não devia ter sido prorrogado sem ele dar provas concretas da sua valia. Ainda por cima foi prorrogado numa altura em que a equipa já estava a cair.
Certamente quem está do lado de dentro – e o presidente em particular, porque foi ele que o contratou – tem obrigação de saber de futebol, certamente já devia estar a constatar as carências que ele tinha. Agora tem mais um problema entre mãos. Vamos ver se ele tem a coragem para resolver este problema. É complicado para o Benfica, porque a indemnização é muito grande”, atirou ainda Gaspar Ramos à Renascença.