Revela a Agência LUSA, na manhã desta quinta-feira que o rapaz de 14 anos acusado de matar a mãe, a vereadora da Câmara Municipal de Vagos, Susana Gravato, 49 anos, na passada terça-feira, 21 de outubro, ficou sujeito à medida cautelar de guarda em centro educativo em regime fechado, por três meses, de acordo com fonte judicial.
A medida cautelar foi determinada após o primeiro interrogatório, que decorreu no Tribunal de Família e Menores de Aveiro, no âmbito do Processo Tutelar Educativo instaurado ao menor por fortes indícios da prática de um crime de homicídio qualificado, ocorrido na terça-feira em Vagos, no distrito de Aveiro.
“A vítima foi atingida por um disparo de arma de fogo, quando se encontrava no interior da sua casa”, disse a Polícia Judiciária. A arma de fogo utilizada pertencia ao pai do menor, que estaria fechada num cofre, do qual o jovem conseguiu desvendar o código para a abrir.
Fica, assim, conhecida a medida de caução, até uma decisão mais definitiva, que segundo Carlos Anjos, Presidente da Comissão de Proteção de Vítimas de Crimes, deverá passar por um regime de internamento fechado durante 3 anos, caso se confirme que foi mesmo o rapaz a tirar a vida à mãe.
“O processo crime vai continuar um processo crime na polícia e vai ser transformado, quando estiver concluído em processo tutelar educativo, transita para o Tribunal de Família e Menores e é um juiz de Família e Menores que, nesta primeira fase, vai-lhe aplicar uma medida preventiva (…) e vai dar provavelmente os dois anos, que é aquilo que também acredito, de internamento em regime fechado, que depois há-de ser, provavelmente, reavaliado por mais um, que é o que a lei determina, permite com pena máxima e depois sai”, afirmou Carlos Anjos na CMTV.