“Desaparecimento inesperado e prematuro”, escreve a Academia Portuguesa de Cinema sobre a morte de Patrícia Saramago, aos 50 anos. Anotadora, assistente de realização, atriz e montadora, Patrícia Saramago partiu subitamente esta quarta-feira, 22 de outubro, deixando uma enorme onda de pesar entre todos, particularmente na 7.ª Arte, onde deixa todo um legado.
“É com enorme tristeza que comunicamos o falecimento de Patrícia Saramago. O seu desaparecimento, inesperado e prematuro, assinala uma perda profunda para o cinema português.
Formada na Escola Superior de Teatro e Cinema entre 1993 e 1996, Patrícia Saramago dedicou‑se à montagem cinematográfica e colaborou em inúmeras produções de relevo, nacionais e internacionais.
Entre os muitos projetos que marcaram a sua carreira, destacam‑se “No Quarto de Vanda” (2000) e “Ne Change Rien” (2009), de Pedro Costa; “Frágil Como o Mundo” (2001) e “A Portuguesa” (2018), de Rita Azevedo Gomes; “Com Que Voz (2009), de Nicholas Oulman; “Estive em Lisboa e Lembrei‑me de Você” (2015), de José Barahona; “Vadio – I Am Not a Poet”, de Stefan Lechner; “Kutchinga” (2021), de Sol de Carvalho e ainda este ano, na curta “Les Habitants” (2025), de Maureen Fazendeiro.
Com obras tão variadas e com uma presença discreta, mas vital, por detrás das câmaras, Patrícia Saramago ajudou a dar forma, ritmo e voz a histórias que nos tocam. O seu percurso dedicado à arte da montagem deixa memória e inspiração.
A Academia Portuguesa de Cinema lamenta profundamente a sua partida e endereça à família, amigos e aos seus colegas as mais sentidas condolências. O legado da sua entrega e da sua visão artística permanece connosco”, pode ler-se na nota de despedida da Academia Portuguesa de Cinema, nas redes sociais.