É o crime que está a chocar o país. Numa altura em que têm aumentado os casos de violência de filhos contra pais, a morte de Susana Gravato, vereadora da Câmara Municipal de Vagos, aos 49 anos, ao que tudo indica, assassinada pelo filho, de 14 anos.
De acordo com as informações, Susana tinha almoçado com o marido e estava em casa, após almoço, ao telefone com uma amiga. O marido tinha ido trabalhar, numa drogaria perto de casa, e o filho adolescente, o suspeito do crime, foi filmado pelas câmaras de vigilância a deixar a casa, momentos antes das mesmas serem desligadas.
Ao telefone, a amiga, também funcionária na Câmara, percebeu que algo de grave se passava e alertou o marido de Susana. Foi ele quem encontrou a esposa deitada no sofá, ensanguentada e coberta por uma manta, já em paragem cardiorrespiratória. Alertou imediatamente o 112 e à chegada dos bombeiros e da VMER, ainda tentava manobras de reanimação à esposa, mas sem sucesso. O óbito foi declarado no local.
Inicialmente, foi colocada a hipótese de se ter tratado de um assalto, porque foi isso que o suspeito terá tentado encenar. Porém, ficaram muitas pontas soltas e, em poucas horas, a polícia desfez o mistério.
Logo para começar, o marido de Susana revelou que tinha uma arma no cofre, mas chegados ao local, a mesma não se encontrava. Ou seja, o rapaz sabia o código do cofre que usou para buscar a arma com que matou a mãe. Depois, remexeu as divisões da casa, fingiu sair para a escola, desligou as câmaras de videovigilância para simular esse assalto.
No entanto, não havia arrombamento de porta, logo para começar. E ainda mais esclarecedor, a hora dos factos. Ao estar ao telefone com a amiga, foi fácil de se perceber o momento exato do ataque, que aconteceu antes do rapaz ter passado pelas câmaras, supostamente, a caminho da escola. Ou seja, no momento da morte, o jovem ainda estava em casa, o que o torna Faculdade no principal suspeito.
O rapaz foi detido pela Judiciária de Aveiro e levado a um juiz do Tribunal de Menores, que decretou internamento como medida preventiva.
De acordo com o jornal Correio da Manhã, este jovem aparentava ser um miúdo normal, numa família típica, sem qualquer problema de violência relatado.