Foi uma das polémicas das eleições legislativas. Neste domingo, 10 de março, as televisões começaram a dar nota que algumas pessoas se estavam a enganar e em vez de votarem na AD (Aliança Democrática), a coligação que juntava PSD, CDS e PPM, que acabou por vencer as eleições, estariam a enganar-se e a votar ADN (Alternativa Democrática Nacional).
A AD pediu a intervenção da CNE (Comissão Nacional de Eleições), para tentar mitigar este possível erro, numa altura em que as televisões começaram a dar demasiado enfoque a esta questão, acabando por promover os dois partidos. Mais tarde, a CNE pediu para que as televisões parassem de repetir o nome dos partidos, já que estavam a promovê-los em dia de eleições, o que é proibido.
“Determina-se que os órgãos de comunicação social cessem qualquer referência a quaisquer candidaturas ou partidos políticos a respeito deste tema”, pediu a CNE, em comunicado.
Muitas pessoas não entendem como é que podia haver confusão, já que aparecem também os nomes de PSD, CDS e PPM, na formação do boletim, o que deveria evitar qualquer engano. Certo é que no fim do dia, o ADN reuniu mais de 100.000 votos, que não deu para eleger nenhum deputado, mas deu sim para buscar a subvenção, que será qualquer coisa como 340.000 euros.
Bruno Fialho, do ADN, não acredita em enganos. “Não houve enganos. Os portugueses não são ignorantes”, disse o líder do partido.
Nas redes sociais, muitos questionam também que as pessoas nunca revelaram confusão entre PS e PSD, entre PCP e PCTP, ou até entre L e IL, por que razão isto aconteceu agora.
Certo é que há quem diga que se enganou e Cristina Ferreira meteu a mãe ao barulho, para dizer que foi uma das que se confundiu.
“Muita gente baralhou-se. A minha [mãe] baralhou-se”, disse Cristina Ferreira, a rir-se. Cláudio Ramos concordou que muitas pessoas, realmente, se enganaram.