O Benfica continua em dificuldades. Depois de duas derrotas seguidas, em Alvalade e no Dragão, diante dos dois maiores rivais e fora de portas, os encarnados voltaram a casa, mas o estádio da Luz não foi talismã e ainda não foi desta que os encarnados voltaram às vitórias.
A equipa não foi além de um empate a dois golos frente ao Rangers, do campeonato escocês, o que os deixa em trabalhos para o jogo da segunda-mão, em Glasgow.
Os adeptos estão desconfiados e neste regresso à Luz após a goleada no Dragão, já se viram lenços brancos e assobios para Roger Schmidt. João Alves, antiga glória do clube também apontou culpas ao treinador alemão.
“A ideia que transmite cá para fora é que não está a saber conduzir os jogadores, homens que têm sentimentos, alegrias, tristezas.
Houve momentos como o caso do Arthur Cabral que demorou muito tempo a entrar em forma e a ganhar confiança. Na altura em que estava a corresponder ao que as pessoas esperavam dele esteve uma série de tempo sem jogar”, disse João Alves, comentador da RTP, que não entende como é que ainda não existe uma “equipa tipo” nesta fase da época.
“Já estamos a entrar no último terço da época e do campeonato. Portanto, lidar com jogadores é saber que estamos a lidar com homens com virtudes e defeitos. O Benfica está numa altura em que a equipa está nervosa, instável.
O Benfica tem de ter um meio-campo capaz para sustentar o futebol ofensivo. O Benfica desde há muito tempo que deveria ter buscado esta solução. É fundamental que o Benfica tenha jogadores capazes de aguentar a equipa em termos ofensivos, defendendo melhor. E o Florentino Luís é o que dá mais garantias”, disse João Alves, destacando também a importância de Arthur Cabral para a equipa. “É um jogador que não foi valorizado pelo seu treinador e vão aparecendo as coisas em função dos jogos”, salientou o antigo jogador do Benfica, que viu sinais positivos já neste jogo contra o Rangers.
“Na minha opinião, o Benfica começou a recuperar outra vez a equipa em termos táticos”, concluiu o eterno ‘Luvas Pretas’.
