Catarina Furtado falou sobre o final do seu casamento com João Reis e do que levou ao pedido de divórcio. Numa entrevista à revista Activa, a apresentadora da RTP abriu o seu coração neste processo após a separação.
“Durante muito tempo fomos muito felizes, a certa altura as coisas começaram a ser para nós difíceis porque crescemos para sítios diferentes. Nós já éramos figuras públicas quando nos conhecemos, cada um tinha o seu percurso, mas houve vivências que cada um fez individualmente do ponto de vis- ta profissional que afetaram o lado pessoal. Eu tive muita experiência lá fora, muito mundo, o João teve outro tipo de experiências. Depois, isto tem a ver com a cadência de cada um.
(…) E com profissões tão desgastantes como as nossas, mudamos muito e aos 50 já não somos as pessoas que éramos aos 18. Claro que o centro, a coluna vertebral, está sempre lá, mas precisamos de mais. E nós tivemos a consciência clara de que já não estávamos a fazer bem um ao outro e precisávamos de coisas diferentes. Essa consciência foi dura e crua, mas honesta. Aliás, fizemos tudo de forma ponderada e concertada.
O público só soube do divórcio muito tempo depois de o termos decidido. Assim, tivemos tempo de cicatrizar o que havia a cicatrizar e resolver o que havia a resolver, tudo a bem, tudo com calma. Os nossos filhos foram os primeiros a saber, porque o público é fundamental nas nossas vidas mas em primeiro lugar está a nossa família e a nossa intimidade. Como não contámos a muita gente, conseguimos orientar melhor todo o processo. Quando a notícia saiu, as pessoas reagiram muito bem, toda a gente foi muito respeitosa connosco, inclusivamente a imprensa cor-de-rosa. Claro que foi um choque porque nós nunca partilhámos muito a nossa vida. Nunca abrimos a nossa casa, nunca mostrámos os nossos filhos, nunca fomos em viagem publicamente, e portanto houve coerência na hora do desfecho.
Toda a gente sabe que comigo e com o João as coisas sempre foram assim, estranho seria se de repente no divórcio desatássemos a dizer coisas horríveis um do outro. (…) Claro que tenho pena que isto tivesse acontecido. Casei para a vida, casei na Igreja. Mas além de seres muito solitários somos seres mutantes, e há várias formas de amar. (…) Aliás, a amizade é uma outra forma de amar, é querer muito o bem de outra pessoa”, disse Catarina Furtado, à revista Activa.