Dois meses depois, continuam as dúvidas sobre o que aconteceu a Mónica Silva, a mulher de 33 anos, que desapareceu na noite de 03 de outubro, na Murtosa.
Essa foi a noite que iniciou este mistério, ainda sem resolução. Mónica, grávida de sete meses, saiu de casa após o jantar, por volta das 21h00, para se encontrar, alegadamente, com Fernando Valente, agora o principal suspeito pelo seu desaparecimento.
No dia 05 de outubro, a família apresentou queixa pelo desaparecimento de Mónica, que não voltou a casa, ao contrário do que prometera aos filhos, de 11 e 14 anos. A mulher teria saído com ecografias da sua gestação.
Começaram as buscas, primeiro pela GNR. A partir de 06 de outubro, o caso foi entregue à Polícia Judiciária de Aveiro.
A 10 de outubro, familiares de Mónica indicaram o nome de Fernando Valente, como namorado e pai do filho que Mónica esperava, alegadamente. O homem negou tudo às autoridades.
“Tivemos um envolvimento muito rápido em janeiro, conhecia-a e aconteceu no momento, foi só uma noite. Pelas contas não sou eu o pai, tenho essa convicção pela questão temporal e porque preveni-me naquela noite por uma questão de doenças e tudo o mais”, disse o homem ao Correio da Manhã.
A PJ também ouviu outro homem, que poderia ser pai do bebé, apontado por algumas fontes, mas que também negou o envolvimento.
Certo é que ao longo de um mês, cresceram as suspeitas sobre Fernando Valente e a 15 de novembro, a PJ cercou todas as propriedades deste homem e da família. No final, ficou detido e foi ouvido depois pela juíza que lhe decretou prisão preventiva a 18 de novembro.
Os sinais dos telemóveis terão sido cruciais para se chegar a este suspeito, que não soube explicar à juíza a coincidência entre o sinal do telemóvel dele e o de Mónica. Depois, têm continuado as buscas, num poço, junto a uma ria, tudo em terrenos circundantes das propriedades de Fernando Valente.
Autoridades e populares tentam encontrar o cadáver de Mónica Silva e encerrar este mistério.