Uma mulher está desaparecida em Lisboa desde o dia 23 de novembro. Fátima Araújo, de 62 anos, saiu de casa, supostamente para o trabalho, e não voltou a ser vista, desde que saiu do autocarro da Carris, ainda de madrugada, na zona do Saldanha, em Lisboa.
A mulher vive na zona do Lumiar, também em Lisboa, mas sempre se deslocava de autocarro, para trabalhar na limpeza, tanto de um escritório de advogados, como em casas particulares.
Nesse dia, a 23 de outubro, terá saído ainda mais cedo de casa do que o habitual, esteve realmente dentro do autocarro, de onde foi vista pela última vez quando saiu. De acordo com o sobrinho, a tia caiu ao deixar o autocarro. Depois disso, não há mais pistas sobre esta mulher.
“Foi vista pela última vez por uma conhecida dela porque iam no mesmo autocarro da Carris, o 798, e saíram na mesma paragem, na Praça Duque D´Ávila, no Saldanha. Segundo essa senhora, ela tropeçou à saída do autocarro, caiu no passeio e bateu com a cabeça com bastante força, mas não quis ir ao hospital”, contou, então, o sobrinho Gabriel Oliveira.
Além dessa pancada na cabeça, Fátima também sofria de epilepsia, apesar da família acreditar que estivesse controlada. ““Estava controlada, não tinha episódios há muitos anos. Tememos é que por causa da queda ande desorientada e perdida pelas ruas”, revelou o sobrinho. “Já procuramos por ela em várias zonas da cidade. Até hoje não sabemos o que a polícia fez, não nos dá informações e estamos neste desespero. Nem sabemos se fez levantamento das imagens da via pública naquela zona”, lamenta Gabriel, que fala ainda sobre a situação dramática, que se vive em casa da tia, que era a cuidadora do marido, com doença mental.
“Jamais o iria deixar sozinho em casa, sempre foi muito cuidadosa com ele. Até descobrirmos o desaparecimento, o meu tio esteve em casa sozinho três dias, já nem tinha quase comida no frigorífico”, lamenta Gabriel Oliveira.