Os adeptos do Benfica estão desapontados com a temporada do clube. Não são apenas os maus resultados, na Liga dos Campeões, mas muito do que se passa, dentro de campo, e fora, a começar pela direção, equipa técnica e aquilo que muitos classificam como um mau planeamento de temporada.
Numa carta aberta ao Benfica, e ainda a quente após uma derrota por 3-1, em Espanha, Guilherme Cabral escreveu o que lhe ia na alma. E, sem meias medidas, disparou em vários sentidos, exigindo mais a quem representa o Benfica, dentro, como fora de campo.
As palavras de Guilherme Cabral estão a emocionar os benfiquistas, e são muitos os comentários de apoio e de concordância total.
“Benfica, perdoa-me por tanto.
Por teres em ti gente que não faz a mínima ideia do quão grande és.
É-me perfeitamente inconcebível assistir a uma partida do meu Benfica onde aos trinta minutos podia estar a perder por seis a zero. Onde a atitude que se viu em campo pouco tempo depois de fazer o 3-1 foi de quem tinha deixado de acreditar que era possível fazer o 3-2 e fazê-los tremer na própria casa.
Perdoa-me Benfica, por teres em ti profissionais que ganham milhões mas nem um plantel à tua altura souberam construir. Onde te obrigaram a ir para um jogo de Liga dos Campeões com os melhores médios a jogar em Portugal encostados cada um à sua linha. E porquê? Porque o meu querido Benfica partiu para a época com apenas 1 lateral direito no plantel e com um Jurassek que ainda hoje não percebi que jogador é.
Perdoa-me Benfica, por ao dia de hoje olhar para ti e sentir que dificilmente vamos a algum lado se nada fizermos para mudar. E se mudar… pode ser para (ainda) pior.
Perdoa-me Benfica, que tens no banco um jovem talento formado em ti cheio de vontade em se mostrar mas que nunca sai de lá. Se calhar não mudava nada. Mas ao menos acrescentava vontade.
Onde andas Benfica?
É o que todos perguntamos.
Onde andam os responsáveis?
É o que todos devemos perguntar.
A culpa não morre solteira e o Benfica será sempre grande demais para que se fechem os olhos a uma realidade que queremos ver ultrapassada, mas que é tudo menos um mero acaso.
Domingo lá estaremos todos de novo. Porque a nossa vida é esta. Sofrer se assim tiver de ser. Celebrar quando merecemos fazê-lo.
E para Domingo o mínimo que exigimos é que saibam honrar o emblema que trazem ao peito. Embora isso neste momento não seja tudo, garanto-vos que se assim for pelo menos ficaremos mais perto de vencer.
Volto a dizer:
Merecemos MUITO mais!
Amo-te Benfica.
Contigo até morrer”.
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