O pedido de demissão de António Costa levou à dúvida no país. Enquanto se aguarda pelas decisões, especificamente, do Presidente da República, Portugal está em suspenso.
É provável que Marcelo Rebelo de Sousa dissolva o Parlamento, levando a novas eleições. Todas estas polémicas do Governo podem fazer mossa nos resultados do PS, numa altura em que a liderança do principal partido de oposição, o PSD, também tem sido algo contestada. E já há quem fale num regresso de Pedro Passos Coelho.
Após a ‘Geringonça’ o ter tirado do cargo de primeiro-ministro, Passos Coelho afastou-se da vida política, que terá sido uma promessa à falecida mulher, Laura Ferreira.
Passos Coelho terá prometido, que só equacionaria um regresso quando a filha mais nova, Júlia, completasse 18 anos, o que acontece somente em 2026.
O antigo primeiro-ministro tem sido apontado à Presidência da República, mas com este caos político, o nome volta a circular, como possível alternativa para liderar novamente o país. Há quem acredite que Passos Coelho é um nome mais forte do que Luís Montenegro, caso o país decida virar à direita.
Três anos depois do falecimento de Laura, por doença prolongada, em 2020, Passos Coelho dedica-se à família e à carreira de docente, no ISCSP, onde ensina Princípios de Macroeconomia, Estratégia e Gestão da Empresa, Gestão Administrativa de Recursos Humanos e Economia, em licenciaturas; Processos de Decisão e Políticas Públicas, Avaliação de Políticas Públicas em três mestrados; Temas Aprofundados de Administração Pública e um seminário temático no doutoramento em Administração Pública.
“Cada vez que apareço isso põe as pessoas a olhar para o passado e não para o futuro. Não quero de todo alimentar isso ou desviar a atenção do presente”, disse, recentemente, Passos Coelho, quando questionado sobre a sua nova vida.