Um padre revelou que se dirigiu à Procuradoria Geral da República, esta quinta-feira, 16 de fevereiro, para assumir crimes sexuais cometidos sobre um rapaz de 13 anos.
Em declarações ao jornal ‘Observador’, Anastácio Alves disse estar preparado para “assumir as responsabilidades” pelo seu crime. Porém, a sua diligência não foi recebida e o padre saiu em liberdade.
Anastácio Alves era padre no Funchal, mas está desaparecido desde 2018, altura em que foi acusado de abuso sexual de menores. Finalmente, o homem assumiu a prática do crime e tentou entregar-se, junto com a sua equipa de advogados.
No entanto, o inacreditável aconteceu. O padre foi avisado que deveria dirigir-se ao tribunal do Funchal, na ilha da Madeira, para aí se entregar. Ou seja, dirigiu-se à delegacia errada e pode sair normalmente em liberdade, mesmo depois de assumir um crime tão chocante quanto o de abusos sexuais sobre um menor de idade.
De acordo com o jornal Correio da Manhã, Anastácio Alves terá abusado do adolescente cinco vezes, na casa dos avós do rapaz. O padre era visita frequente nesta casa e até costumava lá jantar. Foi aí o local do crime. Anastácio terá abusado do menino quatro vezes, quando este tinha 13 anos, e uma outra vez, um ano mais tarde.
Após as queixas contra o padre, em 2018, o homem teria abandonado o sacerdócio e estaria incontactável. Eventualmente incentivado por este inquérito recente sobre os abusos sexuais na Igreja, o homem tentou entregar-se, mas a apresentação não foi aceite.